domingo, 29 de abril de 2012

LILITH A DONZELA NEGRA



Lilith, é uma variação hebraica (e não judaica) da deusa sumeriana Lil - que significa "tempestade" -, muitas vezes reconhecida como a outra face de Inanna. Seu nome também parece estar relacionado à "coruja", provavelmente pelos seus hábitos: uma sinistra ave de rapina que se precipita, silenciosa, na escuridão, e que, não obstante, também simboliza a sabedoria. Por outro lado, o mito hebreu fala de como Lilith foi moldada de terra e esterco, provavelmente querendo refletir o potencial da terra adubada - o que a relaciona, também, com a SEXUALIDADE e FERTILIDADE.


A história que podemos lembrar de Lilith começa com Innana, a neta da deusa Ninlil, conhecida como "Rainha dos Céus". A história de Innana e Enki nos fala dos costumes sexuais sagrados, que são a dádiva de Innana para a humanidade. 

Em seus templos se praticava a prostituição sagrada e suas sacerdotisas eram conhecidas como Nu-gig. Os homens da comunidade buscavam a Deusa nessas sacerdotisas e o ato sexual era sagrado, proporcionando a CURA FÍSICA E ESPIRITUAL. Nessa época,o nome de Lilith era o da Donzela, "mão de Innana", que pegava os homens nas ruas e os trazia ao templo de Erech para os ritos sagrados.

Entre 3000 e 2500 a.c., os sumerianos passaram a ter contatos com culturas patriarcais. Estas, para poderem dominar aquele povo, sabiam que deveriam atacar seu maior centro de poder: o templo do sexo sagrado. Para que a conquista dos sumérios pudesse ter lugar, as culturas patriarcais interessadas começaram a disseminar as idéias de repressão sexual, combatendo como malignas as práticas sexuais milenares dedicadas à Deusa. As práticas sexuais se tornaram então parte da sombra, o poder da mulher foi identificado com o mal e o demoníaco... 

Daí, através dos séculos, a Donzela Lilith, que buscava os homens para o Templo de Innana, se tornou no patriarcado o símbolo do mal supremo. Ela encarna de todas as formas e por milênios o medo atávico do homem do poder sexual da mulher. 

Mais ou menos em 2400 a.c. Lilith, o Espírito do Ar, foi distorcida como a primeira mulher de Adão, como encontramos em muitos mitos, como um demônio, que foi expulsa do Jardim do Éden. Lillith não é, originalmente, da mitologia cristã ou judaica (e muito menos bíblica - e por isso nem é mencionada nela). 

Os hebreus não eram monoteístas como os judeus. Até pelo contrário: eram politeístas. E pautavam sua vida pessoal e comunitária pelos ciclos sazonais - o que os torna também pagãos. Só após a invasão e destruição de Israel pelas forças babilônicas, no século VI a.C., é que começa a surgir o Judaísmo, mais ou menos como hoje o conhecemos - monoteístas e patriarcais.

Os primeiros capítulos da Bíblia (Gênesis 1 a 3) não são os escritos mais antigos desse livro. Sua articulação final data mais ou menos do fim do Exílio na Babilônia e, portanto, traz uma profunda rejeição a tudo que fosse ligado ao "inimigo". A Árvore da Vida, a Serpente e até a própria figura da Mulher são tratadas com menosprezo exatamente para estabelecer uma distinção. 

No entanto, é interessante lembrar que o significado do nome "Eva" é "MÃE DE TODOS", e Adão significa "FILHO DA TERRA" - e isso já é suficiente para estabelecer sua antigüidade em relação à própria Bíblia. Certamente trata-se de um mito passado de geração em geração, via oral (como de hábito naqueles povos), que falava de uma GRANDE MÃE e de seu Filho.

Os autores bíblicos inverteram a situação, transformando Adão praticamente num "Grande Pai" e Eva em sua "filha", posto que ela surge a partir dele - evidentemente, para tornar legítima a postura patriarcal que estavam adotando. Da mesma forma, a Árvore e a Serpente - que sempre foram símbolos da Grande Deusa no Oriente - torna-se, na Bíblia, representações do Mal - e é ai que o mito de Lilith pode ser melhor compreendido.

Obviamente, uma transição desse porte não aconteceu sem brigas, discussões e resistência por parte das mulheres. Submetê-las ao patriarcado deve ter sido um trabalho difícil e que demorou várias gerações. As mais resistentes muito provavelmente viram no mito de Lilith toda a sua força ideológica - o que também deve ter causado a reação contrária de transformá-la em um Demônio e mãe de todos os demônios.

Lilith transparece, no mito hebreu, como a mulher livre, sensual, sexual e até certo ponto selvagem. Aquela que não se submete a nenhum homem, mas SEGUE SEUS INSTINTOS E DESEJOS. Por isso ela é representada sobre leões - símbolo da força masculina. No fundo, é a mulher que todo homem deseja mas que também teme, e por isso mesmo, parece um "demônio tentador".

Lilith, na tradição matriarcal, é uma imagem de TUDO O QUE HÁ DE MELHOR NA SEXUALIDADE FEMININA - A NATUREZA DA MULHER, O PODER DO SANGUE MENSTRUAL, que é o poder da Lua Escura. O período normalmente dedicado a Lilith, naquela época, era exatamente o período menstrual. O momento em que as mulheres poderiam ter relações sexuais livres da possibilidade de gravidez e, por isso, tais relações estariam exclusivamente ligadas ao prazer (e não à procriação, como era a perspectiva patriarcal). Assim, muitas vezes, se referiu a essa Deusa como o "Espírito Menstrual". 

A reação judaica foi muito rápida e fulminante: transformou em pecado e tabu o sexo no período menstrual - uma artimanha para solapar o culto a Lilith. A segunda foi criar "regras" para a relação sexual - particularmente, regras que garantiam o prazer masculino, mas negava e proibia o prazer feminino. Nesse quadro, Lilith figurava para as mulheres como a experiência sexual capaz de integrar mente e corpo (pois estava livre da gravidez), abrindo um caminho para os tesouros misteriosos do submundo feminino. É encarada como a mulher positiva e rebelde, a que não aceita os padrões patriarcais que marcam a menstruação com dores e vergonha. 

Conhecer a figura de Lilith é lembrar de um tempo no passado antigo da humanidade em que as mulheres eram honradas pela INICIAÇÃO SEXUAL, onde expressavam sua LIBERDADE E PAIXÃO NATURAL. 

Hoje, depois desses séculos todos de um patriarcalismo opressor, Lilith volta como uma DEUSA NEGRA, ou seja, a energia feminina trancafiada nos calabouços da psiquê de toda a humanidade: para os homens, ela é um desafio; para as mulheres, um arquétipo.

O que significa reivindicar os poderes de Lilith para a mulher de hoje? Na literatura mítica antiga havia 3 Liliths - que refletiam as fases de lua crescente, cheia e escura:


A Lilith crescente era Naamah, a Donzela Sedutora


Donzela é a mulher indômita, selvagem, livre, vibrante de energia, imprevisível como o vento. Sua resposta à vida é espontânea, vívida. Totalmente objetiva. Por mais bela que possa ser, não anseia por estabelecer relacionamento, mas para avaliar, experimentar e descobrir suas próprias formas de ordem.


A mulher mais velha pode ter sido limitada ou reprimida na juventude, e pode reivindicar a Donzela, conscientemente, para libertar seu espírito e encontrar a sua direção. Muitas crises de meia-idade são forjadas por uma Donzela enclausurada e confinada, precipitada muito cedo num casamento convencional, sem oportunidade de explorar alternativas na sexualidade ou na carreira.

Mulheres em motocicletas, em laboratórios, estudando as florestas e matas, dançando num palco, discursando na plataforma política - elas são a Donzela.
A Lilith Mãe era Nutridora


Na primavera ela abre seu corpo-terra para gerar crescimento novo e brilhante. No verão, ela envolve com braços protetores a terra ardente. Na época da colheita ela espalha amplamente sua generosidade, e, à medida que o frio aumenta, ela aconchega os animais em suas tocas no inverno, puxando as sementes para o profundo interior do seu útero até que volte a época do reverdecimento.


 A Donzela pode inspirar nossos atos criativos, mas a Mãe está presente quando os produzimos.
E havia a Lilith Anciã, a Destruidora



Embora a Donzela seja procurada e a Mãe respeitada, a Anciã recebe pouca atenção. Mas é na Anciã que o poder feminino realmente se torna COMPLETO.

A Anciã é SÁBIA, observadora, tecelã, conselheira. Conhece os caminhos entre os mundos. Isso pode fazer dela uma personagem desconfortável, mas é um repositório de sabedoria feminina, do conhecimento acumulado da mulher que não menstrua mais, porém MANTÉM DENTRO DE SI O DEPÓSITO DO SEU PODER.

Na primeira, devemos confrontar as maneiras pelas quais nós somos reprimidos, buscando recuperar nossa dignidade. Na segunda, devemos integrar o desespero que vem de nossa rejeição, angústia, medo, desolação; e na terceira descobrimos o poder da transmutação e da cura dela decorrente, uma vez que ela corta nossas falsas retenções, desilusões e nos ajuda a encontrar nossa essência livre e selvagem.





MAQUIAGEM DO PERSONAGEM, EM:"O LABIRINTO DO FAUNO"

























































7 DICAS CIENTÍFICA PARA TER UM CASAMENTO FELIZ

*“o casamento permite que você irrite uma pessoa especial pelo resto da sua vida.”


Diga sempre “nós”, nunca “eu”.

Quem usa mais pronomes como “nós” e “nosso” nas discussões com a cara metade tem brigas menos longas e desgastantes (consequentemente, vive mais tranquilo) do que os casados que abusam dos “eu”, “você”, “meu” e “seu”. Pesquisadores americanos chegaram a essa conclusão após observaram os papos de 154 casais. Especialmente entre os que estavam juntos há mais tempo, o discurso individualista era um forte sinal de que o casamento não ia nada bem.

Sendo mulher, escolha um cara rico.

Eles são pais mais presentes, o que, além de criar um clima mais “comercial de margarina” na sua casa, ainda faz bem para o cérebro dos pequenos: segundo pesquisadores do Reino Unido, os filhos de pais mais “bem de vida” tendem a ter QIs mais altos. E ah, outro detalhe interessante: os caras cheios da grana dão mais orgasmos às esposas, segundo um outro estudo britânico.

Sendo homem, escolha uma mulher mais bonita do que você.

Todo mundo fica mais feliz neste cenário. É o que mostram os resultados de um estudo da Universidade de Tenessi (EUA). Em testes feitos por lá, foi constatado que ambas as partes do casal se declaram mais satisfeitas com o relacionamento quando a esposa é mais atraente do que o marido.

Fuja das mulheres que têm pais divorciados.

O conselho é bem claro: “mulheres com pais divorciados são mais propensas a entrar no casamento com menos comprometimento e confiança no futuro da relação, aumentando o risco de divórcio”, diz um estudo da Universidade de Boston (EUA), que testou as expectativas de 265 casais que tinham acabado de selar o noivado.

Seja companheiro, mas nem tanto.

Um estudo da Universidade de Iowa (EUA) constatou que o companheirismo excessivo (como dar, com frequência, conselhos que o outro não pediu) é mais nocivo para o casamento do que ser um marido ou esposa meio “nem aí”. Segundo os pesquisadores, é claro que a gente gosta de poder contar com alguém, mas quando esse alguém começa a cuidar demais da nossa vida, o senso de individualidade vai embora e a coisa azeda.

Invista em pretendentes com boa autoestima.

Casar com alguém que não esteja lá muito feliz consigo mesmo é roubada. A dica vem lá da Universidade Estadual de Nova Iorque (EUA). Pesquisadores conduziram testes com jovens recém-casados e observaram que, quando uma das partes tem autoestima muito baixa, tende a se tornar co-dependente e falha em atender às expectativas do cônjuge. A tendência é que, nesse caso, o relacionamento comece a se deteriorar já no primeiro ano de papel passado.

E finalmente: não tenha filhos.

Em mais um estudo da Universidade de Iowa (EUA), um grupo de casais foi entrevistado antes e depois do nascimento do filho primogênito. Outro grupo, de casais que decidiram não aumentar a família, deu seus pitacos em períodos correspondentes. E a tendência foi clara: os casados e com filhos passaram por uma queda maior na satisfação conjugal do que os que não procriaram.

O ÁLCOOL PODE TE DEIXAR MAIS ESPERTO



Sabe aquela desinibição que só uns copos de cerveja conseguem te dar? Ela também serve para apagar um pouco sua mania de “pensar muito” e liberar seu lado criativo.
Uma pesquisa da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, convidou 40 homens, entre 21 e 30 anos, para provarem esta hipótese. Metade deles fez jejum por 4 horas e ficou sem ingerir álcool ou usar qualquer tipo de drogas nas 24 horas anteriores ao teste. Ao chegarem para o desafio, esses 20 homens comeram um biscoito (o tamanho variava de acordo com o peso do participante) e tomaram drinks de vodka com suco de cranberry. Tomaram, no total, o equivalente a 1 litro de cerveja.
Os outros 20 participantes ficaram só com a parte chata: responderam aos exercícios, mas não beberam uma gota de álcool. Nem biscoitinho eles ganharam.
E ainda perderam nos testes de criatividade. Em uma das tarefas, cada pessoa recebeu três palavras (tipo colher, moeda, brinco). O desafio era acrescentar uma quarta que fizesse sentido no contexto (prata, por exemplo). Aí os bêbados levaram a melhor. Eles acertaram 40% a mais nestes testes e responderam mais rápidos: precisaram de 12 segundos, enquanto os sóbrios gastaram, em média, 15,5 segundos.
Isso porque o álcool diminui as atividades da memória ativa – é aquele conhecimento de fácil acesso no seu cérebro; é ela quem te faz entender essa sentença do início ao fim – e deixa mais vivo seu lado criativo. Com a memória ativa em baixa, a pessoa se distrai mais e se deixa levar por alguns “sinais” intuitivos, que seriam ignorados numa situação normal. Só não vale pedir para o pessoal alcoolizado fazer conta ou lembrar de coisas mais complicadas.
“A intoxicação moderada pode ser um caminho para deixar o estado de atenção mais favorável ao processo de criação”, diz o estudo.
Dá para até para abrir uma cervejinha para comemorar, não?


Fonte: Superinteressante

sexta-feira, 27 de abril de 2012

GRAVIDEZ PSICOLÓGICA... O QUE É ISSO?


  


No começo de 2012, o país testemunhou o estranho caso de Maria Verônica Santos, de Taubaté, SP. Ela ficou famosa por ter fingido uma gravidez  de quadrigêmeos. Uma discussão foi gerada: teria a falsa mãe criado a situação para obter algum tipo de vantagem ou seria uma de gravidez psicológica? Se, por um lado, a resposta cabe à justiça, por outro torna-se necessário compreender o que é uma gravidez psicológica, quais os seus sintomas e por que ela ocorre.  É o que faremos a seguir:

Gravidez psicológica ou pseudociese é um fenômeno raro, aproximadamente de 1 ocorrência para cada 20 mil gestações. Nessa situação, a mulher acredita que está efetivamente grávida. O fenômeno sofre influências físicas, psíquicas e sociais às quais as mulheres estão sujeitas, sendo observada maior influência dos aspectos psicológicos. Pensa-se, assim, que o surgimento de sintomas físicos é desencadeado por uma ação psicossomática da paciente, ou seja, os sintomas da gravidez surgem como consequências decorrentes de um mecanismo no qual o corpo pode apresentar alterações físicas de uma gravidez normal, como reação psicológica a uma série de conflitos inconscientes. Tais conflitos podem estar ligados à restituição de uma perda material ou como reação aos conflitos sobre o papel social da mulher e ainda referentes à sua feminilidade. Em casos menos graves a pseudociese aparece como um distúrbio físico isolado, e nos mais graves, devido a antecedentes psiquiátricos, como um delírio decorrente do funcionamento da personalidade psicótica ou borderline, um grave transtorno de personalidade sintomas psiquiátricos como humor instável e reativo, problemas com a identidade e impulsividade sobretudo autodestrutiva (tendências suicidas). Na maior parte dos casos de pseudociese estão associados intensos desejos ou temores de engravidar.
 Existem mulheres mais ou menos sujeitas à gravidez psicológica?
A espécie de relação que a mulher tem com a sua família  e com o seu parceiro conjugal, um diagnóstico de infertilidade, a construção social sobre a maternidade  e a gravidez influenciam diretamente na ocorrência do problema, que atinge mulheres de todas as idades, condições sociais, com ou sem histórico prévio de doenças psiquiátricas. Com referência à questão social, levando-se em consideração o papel perante a sociedade – que sempre foi e ainda é imposto à mulher – e os significados de fantasias na sociedade a respeito da gravidez e da maternidade, torna-se evidente o quanto esses elementos contribuem para o surgimento da gravidez psicológica. Uma depressão e outros quadros de transtornos do humor podem estar associados, mas, sobretudo, experiências amorosas mal sucedidas, envolvendo o abandono, a separação e a gravidez. Pesquisas apontam maior incidência em mulheres casadas e com conflitos conjugais. Há também uma relação da mulher que teve um aborto espontâneo ou provocado com o surgimento do fenômeno.

Quais os sintomas comportamentais? Existem alterações no corpo?
As mulheres afetadas realmente acreditam estarem grávidas e isso faz com que procurem ajuda de um obstetra. Os sintomas podem ser explicados por conta de algum conflito psicológico que estimula o hipotálamo e a hipófise e esses, por sua vez, geram um aumento de prolactina no sistema endócrino, o que gera sintomas de uma gravidez verdadeira como enjoos matinais, aumento da sensibilidade, distensão abdominal, lactorreia e aumento das mamas, mas não há feto, apesar de algumas mulheres chegarem a sentir uma pseudo-movimentação fetal. É comum que, depois do diagnóstico de gravidez psicológica algumas mulheres se recusem a aceitar o diagnóstico. Nestes casos, avaliações psiquiátricas ou psicológicas devem ser feitas.

Como a família deve lidar com o assunto? Como ajudar?

Fatores familiares estão intimamente relacionados aos casos de pseudociese. Muitas mulheres acometidas pelo problema estão tendo problemas no relacionamento com o parceiro ou não estão vivendo um relacionamento estável. Encaminhar o casal para um atendimento psicoterápico ajuda bastante. A respeito da relação entre o desejo (ou medo) da gravidez com as dinâmicas familiares, isso pode ser intensificado quando, nas famílias de ambos os pais não há nenhum bebê ou crianças. Além dos relacionamentos e dinâmicas familiares que a mulher estabelece, outras questões sociais também aparecem como provocadores da pseudociese, como, por exemplo, o papel sócio-econômico da mulher perante a sua família e a sociedade. Dessa forma, é necessário o apoio e acompanhamento familiar, principalmente com relação à diminuição das pressões e exigências da família, seja em torno da gravidez, seja em torno da superação da condição originada pela gravidez psicológica.

Qual o tratamento?
É fundamental um acompanhamento médico para a paciente, a fim de avaliar a necessidade de encaminhamento para psiquiatras e psicólogos. Dependendo do quadro e da evolução dos casos, o tratamento é baseado na dosagem de hormônios e medicamentos sintomáticos. O tratamento da pseudociese costuma ser mais efetivo quando é realizada uma psicoterapia de apoio, com foco para a realidade ou uma psicanálise. Mas pode ser necessária uma medicação com antipsicóticos, em casos em que seja firmado um diagnóstico de psicose.

O problema, uma vez superado, pode voltar? Se pode, como evitar?
Como o fenômeno é complexo, é difícil descartar a possibilidade de uma recaída. Para algumas mulheres, dependendo de fatores como, por exemplo, a psicose, existe maior possibilidade disso ocorrer. Para outras, depois de tratamento medicamentoso associado à psicoterapia, as chances diminuem bastante, existindo um bom prognóstico, principalmente nos casos em que existam apoio e envolvimento familia








STORM CORROSION


O Storm Corrosion é um projeto paralelo que une dois dos músicos mais respeitados e admirados do rock atual: Mikael Akerfeldt (vocalista, guitarrista e líder do Opeth) e Steven Wilson (vocalista, guitarrista e líder do Porcupine Tree). A dupla declarou que o disco de estreia da sua nova empreitada é a parte final de uma trilogia formada pelo último álbum do Opeth, Heritage, e pelo mais recente trabalho solo de Wilson, Grace for Drowning.

Musicalmente, o que se ouve no debut do Storm Corrosion é uma música distante da que o Opeth e o Porcupine Tree, e, em menor grau, o próprio Wilson, vem gravando nos últimos anos. O som é etéreo, atmosférico, sombrio. Tudo é calmo, sem explosões sonoras. Não há guitarras distorcidas. As seis composições são construídas com camadas que vão se sobrepondo, resultando em uma sonoridade bastante climática. 

É difícil classificar o grupo em um gênero. É prog, mas não é só isso. Há elementos de folk, de música ambiente e até de música clássica na mistura. O rock ficou distante, e praticamente não aparece no disco. O heavy metal, então, nem chegou perto.


“Drag Ropes” abre o álbum de maneira belíssima. Seus quase dez minutos parecem metade disso. Os lindos arranjos vocais remetem ao Gentle Giant. O solo de guitarra é de uma beleza inquietante. A música que dá nome à banda já vai por outro caminho, com vocais celestiais e um dedilhado que faz a faixa soar como uma espécie de folk cósmico. Em “Hag”, Wilson e Akerfeldt pagam tributo ao Pink Floyd em mais uma canção lindíssima. 

Os dois músicos se revezam nos vocais durante todo o álbum. Os violões de ambos se entrelaçam durante todo o disco. A sonoridade é relaxante e confortante em todo o trabalho. Contemplativo ao extremo, Storm Corrosion é um trabalho que mostra Mikael Akerfeldt e Steven Wilson explorando a fundo características que apenas se insinuavam nos discos de suas bandas principais - principalmente no caso de Akerfeldt, já que nada soa sequer parecido com o que o Opeth gravou.
Esse é um disco para ser ouvido sem pressa. Ele exige que você o respeite como obra artística. Não é um álbum para ser escutado na pressa do dia a dia. Você precisa parar, relaxar e deixar a música do Storm Corrosion levar você através dos caminhos surpreendentes que ela seguiu. Desafiador e dono de uma beleza gigantesca, Storm Corrosion é um trabalho espetacular, que comprova o quão vastos são os universos musicais tanto de Akerfeldt quando de Wilson.

Um dos melhores discos do ano, fácil.

Faixas:
  1. Drag Ropes
  2. Storm Corrosion
  3. Hag
  4. Happy
  5. Lock Howl
  6. Ljudet Innan