O que seria uma resposta a nossa carência de grandes Shows! Se tornou na maior vergonha nacional da cena Rock brasileira.
O que seria uma mini Rock City se tornou um caos, fãs chegavam ao local do show e encontraram -se totalmente desnorteados, por falta de sinalização , e ninguém da equipe do evento para orienta-los. Primeiro dia com muita dificuldade, por falta de banheiros, a higiene pessoal tornou-se um grande problema...As pessoas que ali se encontravam por falta de estrutura tiveram que escovar os dentes no local onde os cavalos bebem água. O Parque Independência é muito distante do centro da cidade, aliás distante de TUDO. A falta de organização era tão grande que nem comida suficiente havia para os que ali estavam, e devido o afastamento do local, era grande a dificuldade em sair de lá para suprir suas necessidades. Uma vez que o prometido foram restaurantes, churrascaria, local para banho, suporte para carregar equipamentos como celular...Enfim o tão sonhado local com todo suporte prometido aos fãs, não existiu.
A área de camping oferecida para facilitar o alojamento dos bangers que vieram de outros estados e/ou países, tornou-se um problema maior uma vez que ficaram em estábulos onde o odor não era agradável...Apesar do Parque Independência ter uma área que comportaria milhares de barracas. Mas com chuvas frequentes, a única opção era mesmo essa. No horário marcado para trocar os tickets, não havia ninguém da equipe MOA. E quando isso aconteceu os fãs deparam-se com uma fitinha de cetim 'a-lá "Senhor do Bonfim", (porca miséria). A estrutura do camarote ( o que levou os fãs a comprarem pista VIP no valor de R$ 850,00), que ficaria entre os dois palcos, onde o mesmo seriam frequentados pelos astros do Rock que ali se apresentavam, para nossa vergonha eterna resumiu-se em uma área na lateral dos palcos, logo onde a única diferença dos demais eram divisórias de ferro, e uma coberta tipo tenda . Onde muitos desavisados, confundiam o tão sonhado camarote com uma tenda de lanches...rs
Com todos os problemas e atrasos, o público fiel do Rock tenta aproveitar o que seria sua primeira noite de festival.
O vocalista da banda americana
Megadeth, Dave Mustaine, escreveu em sua página no Facebook na tarde de sábado (21) sobre o show do grupo no festival Metal Open Air, que ocorreu na
sexta-feira (20), em São Luís. "Se não fosse por minha equipe,
especificamente, o festival provavelmente não teria acontecido",
disse.
Mustaine reconheceu o esforço do público para comprar os ingressos
e disse que pretende trazer o projeto Big 4 (festival em parceria com as bandas
Metallica, Slayer e Anthrax) para o Brasil. A apresentação do Megadeth foi
curta, com dez músicas e muitos problemas de som e saídas da banda do palco. A
equipe técnica do grupo ajudou com equipamentos e com a montagem do som do
primeiro dia de festival.
"Para os fãs na noite
passada em São Luis, obrigado. É tudo que posso dizer. Um grande mega obrigado!
Nós estávamos tocando, não
importa o quê. Nós não estávamos tocando para o promotor. Nós estávamos tocando
para o público! Isso é tudo o que tenho a dizer. Tocamos para vocês
O cenário na noite deste
sábado (21) era desolador para quem pagou pelo ingresso do festival Metal Open
Air, em São Luís, no Maranhão. Depois do show da banda brasileira Korzus,
último numa noite que teve 9
das 13 apresentações canceladas, a produção
responsável pelo evento começou a desmontar o equipamento de som do único palco
que ainda funcionava - mesmo sem se pronunciar oficialmente sobre a viabilidade
do terceiro dia.
Infelizmente o MOA foi pateticamente cancelado após o segundo dia do festival ter sido ainda mais caótico que o primeiro, com apenas quatro bandas se apresentando.
Lamparina Produções e Negri Concerts encerram o MOA com este final lamentável e vergonhoso, aquilo que estava sendo prometido como o maior festival de heavy metal no Brasil em todos os tempos acabou se transformando no maior mico da história do estilo e, talvez, de toda a história dos festivais já realizados no País.
O estrago causado pelo Metal Open Air é fenomenal. Inicialmente, claro, para os heróis que se dirigiram ao Maranhão, acreditando nos organizadores. Depois, para a própria São Luís, já que, mesmo com a cidade não tendo nada a ver com a falta de competência das empresas envolvidas, dificilmente grupos estrangeiros vão querer voltar aqui, tamanha a repercussão negativa que já se alastrou pela internet.
Outra imagem que foi arranhada é a do Heavy Metal, pelo menos na cabeça daqueles que sempre torceram o nariz para o estilo neste Brasil. Depois de anos de conquista gradativa do respeito e de enfrentar várias tentativas de ridicularização, o estilo musical foi notícia negativa até no Jornal Nacional da Rede Globo, aquela que inventou o termo “metaleiro” e que raramente fala de maneira positiva desta vertente do rock n’ roll.
Os culpados pela vergonha nós já conhecemos. Torcemos muito, portanto, para que a justiça seja feita e que as pessoas prejudicadas sejam tratadas com o respeito que não tiveram aqui no Maranhão. Infelizmente, não é exagero dizer que o dia 22 de abril de 2012 pode ser considerado como o mais triste da história do Heavy Metal no Brasil!
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