segunda-feira, 16 de abril de 2012

DENTRO DA NOITE... (Uma Flor)



Uma flor nasceu dentro da noite
E o tempo aberto sobre meu ser
Abriu seus longos braços
Abrigando palavras e sentimentos
Que brotavam dentre os teus dedos.
Na solidão do silêncio, íntimo suspiro,
Teu esplendor maduro fez vibrar
Outra vez mais a vida:
Essa mágica caminhada.
Sob um céu de imagens e sonhos serenos,
A bela flor deitou raízes em solo fértil,
Semeando encanto, disseminando afeto
Em meio ao mistério de um achado.
No céu platônico, pensamento e poesia,
Conciliadas, perseguem por si
Os mesmo desígnios.
Nos olhos da musa passeiam lampejos.
Sorrisos furtivos, pequenos desejos...
E os velo, resoluto, com zelo solene.
Uma flor nasceu dentro da noite.
A musa-flor que embeleza o horizonte,
Intensa cor que invade os olhos,
Longevo Cosmos que trago ao peito.
Logo eu, cavaleiro do destino,
A navegar o oceano dos teus segredos.
Em minha face um leve gesto,
Brilho solar, sinal ameno
De um verso guardado
Num canto qualquer
Do imaginário.
Canta o vento uma balada agora.
E a noite, que nos acolhe e acalma,
Esvai-se, como num espasmo,
Escorrendo no fulgor da hora.
Então vê, esplêndida dama!
O futuro nos inspira ao voo
E nos consola o presente.
Vê como é intensa a vida!
Imprevisível! Fogo sem fim!
Quero provar da tua paz
Vertida em auroras.
Contemplar a flor primaz
Da tua doce aparição.
Vem raiando a madrugada,
Mas há música ainda em tua alma
E um desejo imenso de luzir.
Símbolos atávicos gritam e dançam,
Sem recato, ao nosso redor.
Festejam a vida, exaltam a noite,
Proclamam promessas,
Incensam a flor.
                                 (Para: Kelly Ruffinus de R.R)

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